
BIAL SEGUNDO BIAL
Eu me tornei um profissional de difícil utilização na Globo. O que eu sou? Jornalista, repórter, apresentador de telejornal? Ou eu sou do entretenimento, do Big Brother? Eu sou as duas coisas, virei um radical livre dentro da Globo. E é difícil para a própria casa responder: o que vai fazer com o Bial? Por enquanto tem o Big Brother, que está ótimo, maravilhoso.
CHACRINHA
Sempre adorei o Chacrinha. Li tudo que existe sobre o Chacrinha para fazer um documentário, que acabou não se realizando. Quando estudava jornalismo, fui pelo menos três vezes na TV Tupi ver o programa do Chacrinha. Toda vez, antes de começar o programa, fora do ar, eu brinco de Chacrinha. Eu me inspiro nele como o patrono da informalidade na televisão brasileira. O Brasil é o país mais informal do mundo e tem uma formalidade, às vezes, na televisão, principalmente no telejornalismo, que é inexplicável. E o Big Brother me libertou, nesse sentido. Eu tive a possibilidade de ter o meu "breakdown" ao vivo, em rede nacional. Caiu o jornalista com todos os seus títulos e cerimônias e virou um cara lá...
"O nosso telejornalismo é careta na maior parte dos casos."
JORNALISMO CARETA
Você vê a BBC? Os repórteres da BBC conversam com os âncoras. A própria televisão americana. O nosso telejornalismo é careta na maior parte dos casos. Gosto muito do "Bom Dia Brasil". Tem o tom certo. Informal e muito informativo.
"NOVO JORNALISMO"
A experiência do Big Brother me fez fazer telejornalismo diferente. Hoje não consigo mais fazer uma matéria como eu fazia antes. Aprendi muito sobre televisão. O Chacrinha não tinha voz boa, não tinha dicção boa e revolucionou primeiro o rádio e depois a televisão. Informalizou a televisão.